Crédito da imagem: Leonardo G. Ribeiro
Crédito da imagem: Leonardo G. Ribeiro

Biofiltração para desodorização em reatores anaeróbios

Resumo

O projeto teve como objetivos investigar metodologias para a determinação na intensidade odorante pela avaliação olfatométrica, caracterizar os gases odorantes e avaliar uma alternativa de processo não convencional para o tratamento das emissões odoríferas. Foi empregado um biofiltro piloto com leito de turfa para o tratamento das emissões odorantes provenientes de um reator anaeróbio tipo tanque séptico, o qual constituiu-se de uma coluna de PVC de 20 cm de diâmetro interno e 70 cm de altura, com 10 cm de fundo falso e 50 cm de preenchimento com turfa orgânica natural. O biofiltro foi alimentado por meio de um ventilador centrífugo industrial que coletava os gases do reator anaeróbio, direcionando-os para a sua parte inferior. A metodologia utilizada para a amostragem dos gases na entrada e saída do biofiltro foi constituída pela seqüência de frascos lavadores para a absorção dos gases (H2S, NH3 e COV). Nas análises químicas foram obtidas concentrações máximas de H2S de 0,314 mg/m3 na entrada do biofiltro e 0,007mg/m3 na saída o que corresponde a 98% de eficiência. Para NH3 a concentração máxima obtida foi 0,180 mg/m3 na entrada do biofiltro e 0,035 mg/m3 na saída obtendo eficiência de 80%. A concentração máxima obtida de COVs foi 0,291 mg/m3 na entrada do biofiltro e 0,064 mg/m3 na saída, correspondendo a 78% de eficiência. A análise olfatométrica apresentou redução de intensidade odorante com valores de entrada médio a forte e saída fraco a médio, obtendo-se uma boa redução dos odores no processo de biofiltração, mantendo-se uma relação com a análise química. Concluiu-se que o biofiltro com leito de turfa é uma tecnologia interessante para o tratamento de gases odorantes, por apresentar boa eficiência na redução destes gases.

Publicação
Em Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental